日本イエズス会文献にみえる和歌とその翻訳
(Poemas waka e sua tradução na documentação dos jesuítas no Japão)
(IV Semana da Cultura Japonesa da USP 2025)
07/08 (Quinta-feira)
Palestra "日本イエズス会文献にみえる和歌とその翻訳 (Poemas waka e sua tradução na documentação dos jesuítas no Japão)"
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16h às 17h30
(Palestra com tradução consecutiva para o português)
Local: Auditório Kensuke Tamai da Casa de Cultura Japonesa (119 lugares / sem necessidade de inscrição)
Endereço: Av. Prof. Lineu Prestes, 159, Cidade Universitária.
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19h30 às 21h
(Palestra com tradução consecutiva para o português)
Local: Sala 266 do Prédio da Letras - 2º Andar (sem necessidade de inscrição)
Endereço: Av. Professor Luciano Gualberto, 403, Cidade Universitária | Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH).
Resumo
Quando os missionários da Companhia de Jesus desembarcaram no Japão no século 16, os poemas waka, constituído de versos de 5, 7, 5, 7 e 7 sílabas moraicas, já tinham uma longa tradição na poética japonesa. Aprender sobre esse poema e saber elaborá-lo fazia parte da educação da elite aristocrática e dos daimyos - donos de amplos territórios. Nota-se a presença dos poemas waka na chamada documentação missionária produzida com a máquina de imprensa importada pelos jesuítas por volta de 1590, tais como Feiqueno monogatari (Narrativas de Heike, 1592), usado para a aprendizagem da língua e história do Japão, e Royei Zafit (Antologia de textos para recitação, 1600) para estudar a literatura japonesa. No entanto, são poucos os poemas traduzidos para o português. Isso porque, para os missionários cristãos, os poemas se situavam numa posição inferior na hierarquia de coisas que os missionários deveriam estudar, conforme explicita João Rodrigues na Arte da Lingoa de Japam (1604-1608). Apesar disso, percebe-se que existiram missionários que aprenderam sobre os poemas waka dos mestres japoneses, pela leitura de textos em português da referida Arte e do Vocabulario da Lingoa de Japam (1603-1604). Nesta palestra, apresentaremos alguns desses poemas waka e a solução de tradução para o português feita pelos jesuítas.
Ministrante
Profa. Emi Fukuda Kishimoto
Doutora em Letras pela Kyoto University, atuou no ensino de japonês aos estrangeiros na Osaka University of Foreign Studies (hoje, incorporada à University of Osaka), e nas Faculdades de Letras da International Christian University e Kyoto Prefectural University. Desde 2017 é docente da Faculdade de Letras da University of Osaka. Especialista em estudos filológicos e linguísticos do japonês, principalmente da chamada documentação missionária, é co-autora de Kirishitan gogaku nyûmon (Introdução à linguística missionária, 2022) e co-organizou, em 2017, a edição fac similar do dicionário trilíngue publicado pelos jesuítas no Japão em 1595, e que faz parte do acervo do Instituto de França - o Dictionarium Latinum Lusitanicum ac Japonicum - (2017). É autora de dezenas de artigos em periódicos especializados de Filologia e Linguística e capítulos em livros de linguística e lexicologia/lexicografia japonesa. Possui um texto crítico na edição fac similar do Vocabvlario da Lingoa de Iapam (2020) da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.
