Memória dos Hibakusha (sobreviventes das bombas) de Hiroshima e Nagasáqui - psicologia e literatura

Hiroshima Peace Park (Foto: Dumphasizer/Wikimedia Commons)


15/08 (segunda-feira)

  • 8h30 às 10h - Local: Auditório da Casa de Cultura Japonesa (119 lugares / sem necessidade de inscrição)
  • 19h30-21h - Local: Sala 266 do Edifício Prof. Antonio Candido - Prédio de Letras (65 lugares / sem necessidade de inscrição)

Palestra 1: “Shozo Kawamoto: sobrevivência, solidariedade e responsabilidade social” 

Dra. Cristiane Izumi Nakagawa
Psicóloga, mestre, doutora e pós-doutoranda pelo IP-USP
Psicanalista e Psicóloga Social


Resumo: O trabalho com testemunhos de sobreviventes do bombardeio atômico de Hiroshima visa a uma quebra da frieza e da indiferença impostas como paradigmas da sociedade moderna pela barbárie. Isso porque a testemunha corporifica o elemento humano que jaz por detrás dos crimes cometidos contra a humanidade e, nesse sentido, inunda aqueles que a ouve com enigmas inquietantes que só poderão encontrar algum tipo de descanso quando minimamente compreendidos. Nesse sentido, e com base na narrativa do hibakusha (sobrevivente da bomba) de Hiroshima, Shozo Kawamoto, será percorrido os sentidos assumidos pelos termos sobrevivência, solidariedade, resistência e responsabilidade social, elementos esses que auxiliam na busca por respostas daquelas enigmas e que representam uma quebra do sentimento de indiferença em relação a sofrimentos humanos.


Palestra 2: "A Literatura hibakusha (sobreviventes da bomba) e a obra Chuva Negra (1965) de Ibuse Masuji" 

Dra.Lilian Yamamoto
Professora do DLO-Letras-Japonês, USP


Resumo: Hiroshima e Nagasáqui foram cidades que enfrentaram completa destruição quando atingidas pelas bombas nucleares em 6 e 9 de agosto de 1945, respectivamente. Ambas as cidades e as suas vítimas sofreram com o trauma físico e psicológico retratados em obras literárias, dando origem à literatura hibakusha (sobreviventes da bomba).  Esta apresentação pretende fornecer um panorama da literatura hibakusha e analisar como o trauma e a marginalização marcaram a vida dos hibakusha, com o estudo da obra Chuva Negra (Kuroi Ame, 1965).