O Centro de Estudos Japoneses, Curso de Letras - habilitação em Japonês e Programa de Pós Graduação em Língua, Literatura e Cultura Japonesa da FFLCH, com apoio do Consulado Geral do Japão em São Paulo e da associação brasileira de Shogi, realizam a segunda edição da Semana da Cultura Japonesa da USP, nos dias 06, 07, 08, 09 e 10 de Agosto.
A programação segue abaixo:
Dia 06 de Agosto:
09h às 11h - Auditório da Casa de Cultura Japonesa (Térreo)
Palestra “Ampliação das narrativas sobre o Shinigami: reflexões a partir da música pop”
Profa. Koko Nango (PPG-LLCJ / Univ. Momoyama)
A Professora Nango leciona cultura e literatura japonesa na universidade Momoyama. Sua especialização é em Setsuwa do período Edo. Nessa palestra a professora nos apresentará a sua análise da música "Shinigami" do cantor e compositor Yonezu Kenshi pelo ponto de vista do Rakugo.
14h às 15h - Auditório da Casa de Cultura Japonesa (Térreo)
Apresentação "Caligrafia Sensitiva"
Catarina Gushiken, Leticia Sekito e Gal Oppido
Catarina Gushiken é artista visual, nasceu em São Paulo, Brasil, 1981.
Vive e trabalha na cidade de São Paulo.
Seu processo criativo envolve investigações sobre identidade, ancestralidade e origem. Iniciou sua pesquisa a partir de arquivos de família, realizando a tradução de cartas e diários escritos em uchinaguchi (antiga língua indígena de Uchina, hoje Okinawa/Japão) deixados por seu avô, que datam desde 1936. Por meio desta investigação surgiu o trabalho Caligrafias Sensitivas em parceria com o artista e fotógrafo Gal Oppido . Catarina vem experimentando além do desenho e pintura, conexões entre a escrita assêmica, corpo e dança, tendo participado do espetáculo “Jardim Oriental dos Primeiros Desejos” dirigido por Ismael Ivo, junto ao Balé da Cidade de São Paulo, realizado no Instituto Tomie Ohtake (2019), o espetáculo musical Sanshin, dirigido por Caito Marcondes, apresentado no Sesc Pompéia (2023). Seu trabalho vem sendo acompanhado desde 2015 pela professora e pesquisadora Michiko Okano (Unifesp) que publicou um artigo sobre as Caligrafias Sensitivas, na revista Asteion / アステイオン, Suntory Foundation, Tóquio, Japão(2024).
Seu trabalho é a manifestação das confluências e compartilhamentos com outros seres e suas percepções de mundo, é a própria diversidade de memórias que emergem destes encontros com existências tão plurais.
Leticia Sekito (1975, SP)
Artista amarela da dança e performance, criadora da Companhia Flutuante, está interessada na potência do encontro entre pessoas e lugares e no corpo em movimento. Formada pelo C.E.M. Centro em Movimento, Lisboa/Portugal. Trabalhou no Estúdio Nova Dança e foi co-criadora e intérprete da Cia 2 Nova Dança, em São Paulo. Ganhou a bolsa Rede Stagium, Rumos Dança Itaú Cultural, Prêmio Funarte Klauss Vianna e Artes Integradas, apoio cultural da Fundação Japão e Fomento à Dança. Destaca a trilogia de solos: Disseram que eu era japonesa (2004), E Eu Disse: (2007) e O Japão está aqui? (2008), os trabalhos “Flutuante” (2011) e “Fluxos em Preto&Branco” (2012-2024), “Leões” (2016/19), com Peter Michael Dietz. Tem parcerias com a iluminadora Ligia Chaim, o video maker Felipe Lwe, a artista visual Suiá Burger Ferlauto, os músicos Sandra Ximenez, Inés Terra, os fotógrafos Inês Corrêa e Gil Grossi, entre outros. Entre 2020 e 2021 iniciou o projeto “Para se ver o que é possível”, criou o filme de dança com Felipe Lwe “Fluxos em Preto&Branco #21”. Em 2022 estreia TREMORES com apoio do Fomento à Dança, no SESC Avenida Paulista. Atualmente desenvolve a pesquisa de linguagem "Dança Suculenta”, colabora com a Núclea Tranzborde, com a artista Catarina Gushiken e Gal Oppido, com o projeto Ser Objeto junta a Melissa Mariz e Ísis Gasparini e cria o cine-dança Amarela, com Felipe Lwe. Leticia é Educadora do Movimento Somático pelo BMC®️, professora de DanceAbility®️, Aikidoista e terapeuta corporal. Faz parte do Centro de Estudos Orientais, coordenado por Christine Greiner PUC/SP, do Movimento a Dança se Move, do Espaço Extranho e do Deha Terapias Integradas.
Malu Avelar
Malu Avelar nasceu na cidade histórica de Sabará (MG). Iniciou sua formação artística no Centro de Formação Artística do Palácio das Artes - CEFAR (BH). No ano de 2016, a artista veio para São Paulo para participar da 24° edição do Programa de Fomento à Dança. A partir disso, se estabilizou na cidade de São Paulo, a fim de conhecer mais profundamente a cena artística paulistana, mas principalmente a cena negra e lgbtquia+. Em seu percurso conheceu a artista e ex-deputada estadual Erica Malunguinho, que a convida como articuladora no Quilombo Urbano Aparelha Luzia. Malu é uma artista interdisciplinar e já realizou muitas parcerias com artistas de diversas áreas da cena paulistana. Em 2019 participou com mais 8 artistas negros da residência PlusAfroT (Munique/DE) onde iniciou suas duas obras-pesquisas 1300° (Qual é a saúde de um vulcão?) e Sauna Lésbica que esteve recentemente na 35° Bienal de São Paulo.
16h às 18h - Auditório da Casa de Cultura Japonesa (Térreo)
"A escrita e ancestralidade pelo olhar de escritoras Nipo-brasileiras"
Coletivo das escritoras
Ana Shitara
Ana tem achado propósito há uma década nas salas de aula do Ensino Médio na cidade de São Paulo, é formada em letras pela Universidade de São Paulo (USP) e mestre em educação por essa mesma instituição. Em 2022, após ser finalista no concurso promovido pela pela Editora Folheando, publicou seu primeiro livro de contos, “Revoada”. Em 2023, foi a vez da publicação do seu primeiro romance, “Sob o sol a pino”, pela Editora Patuá. O mesmo romance também foi escolhido entre mais de 600 manuscritos para ser publicado pela Editora Urutau (Portugal/Brasil). Fez parte também da coletânea de contos em 2021, da Editora Inverso, intitulada “Mais vozes” e em 2024 da coletânea “Beleza Errante” do projeto Mentes Errantes.
Beatriz Mizaki
Beatriz Misaki é paulistana, nascida em 1994. É funcionária pública, formada em Direito pelo Mackenzie (2019), com pós-graduação em Direito Digital (2021). Lançou seu primeiro livro Buruna em 2024 de forma independente, quando começou a criar conteúdo visando trazer público para ler seu livro.
Escreve histórias sobre jovens mulheres amarelas, com ênfase no gênero young adult.Participa dos coletivos de escrita Escritoras Asiáticas e Brasileiras, Escreviventes e Margem. E escreve voluntariamente para a revista online Hello Band.
Está no processo de escrita de seu segundo livro, um romance, ainda sem data de lançamento.
Leila Guenther
Leila Guenther nasceu em 1976 e descende de imigrantes japoneses e alemães. Graduou-se em Letras pela Universidade de São Paulo. É autora dos livros de contos "Partes homólogas" (Reformatório, 2019) e "O voo noturno das galinhas" (Ateliê Editorial, 2006), traduzido para o espanhol (Peru, Borrador Editores) e editado também em Portugal (Nova Delphi). Seu "Viagem a um deserto interior" (Ateliê Editorial, 2015), livro de poesia e haiku selecionado no Programa Petrobras Cultural, foi finalista do Prêmio Jabuti de literatura brasileira. Participou de antologias dentro e fora do Brasil, como "Capitu mandou flores: contos para Machado de Assis nos cem anos de sua morte" (Brasil, Geração Editorial), "Cusco, espejo de cosmografías: antología de relato iberoamericano" (Peru, Ceques Editores), "Grenzenlos" (Alemanha, Arara Verlag) e "As mulheres poetas na literatura brasileira"(Brasil, Arribaçã). Mantém o blog nalinhadavida.blogspot.com.
Liana Nakamura
Liana Nakamura nasceu na terra do caqui: Mogi das Cruzes–SP, em 1994. Entre o Japão e o Brasil, tornou-se Bibliotecária especialista em Diversidade e Inclusão. É autora do livro “amarela-manga: uma antologia nipo-poética” (Corsália.estúdio, 2023).
Vencedora do Prêmio Literário Nikkei (Mangá) da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social- Bunkyo (2021), do Concurso de Vídeo-Resenhas de Literatura Coreana da ARA Cultural (2022) e 37ª edição do Prêmio Yoshio Takemoto (Poesia) da Revista Literária Nikkei Bungaku (2023). Faz parte da coletânea de contos e poesias Off-FLIP de Literatura (2024).
É uma das fundadoras do Coletivo Escritoras Asiáticas & Brasileiras (2023), faz parte do Comitê Editorial do portal internacional Discovery Nikkei (2024) e contribui para o portal Fazia Poesia (2024).
Marina Yukawa
Marina Yukawa é escritora e jornalista. Nasceu em 1994 na província de Saitama, no Japão. É brasileira e vive desde os dois anos na cidade de São Paulo. Graduada em Jornalismo pela ECA-USP em 2017, apresentou a reportagem “Sorrisos Amarelos — Histórias de jovens mulheres orientais no Brasil” que foi publicada em livro em 2020 pela Editora Viseu. Teve contos selecionados nos 2º, 3º e 4º concursos literários da Revista PUB publicados em coletâneas pela editora Terra Redonda. Junto de Marília Kubota e Juliana Taira, organiza os encontros do Clube de Leitura Escritoras Asiáticas, que teve seu primeiro encontro em julho de 2021. Faz parte do coletivo de Escritoras Asiáticas e Brasileiras fundado em 2023. Atualmente, é graduanda em Licenciatura em Letras pela UNIVESP.
Renata Suizu
Re Suizu é multiartista. Cantora, compositora. Na música, Re Suizu foi escolhida como artista pela Fábrica de Cultura Vila Nova Cachoeirinha, para realizar a abertura do show do Tom Zé. Representou o Japão, pelo Arte na Rua Japão, iniciativa Globo em parceria com o Festival Tanabata Matsuri. Participou dos Atalhos Sonoros, projeto da parceria entre as Fábricas de Cultura e a Tratore, no qual recebeu a produção dos Prettos e mentoria com diversos profissionais da música, como Pena Schmidt. Escolhida para fazer parte do projeto do Centro de Empreendedorismo de Arte e Cultura - promovido pela Acriart; Re Suizu integrou o núcleo de Música, se apresentou no Teatro Commune, Teatro Alvo, entre outros. Como backing vocal, performou ao lado artistas como Jarbas Mariz, Chico César. Em sua atuação como poeta, se envolve com slams, saraus e participou do Slam SP 2022. No teatro, performou solos e jogos cênicos. Também tem formação teatral em: Teatro Musical, Estudo e Montagem de um espetáculo original - SP ESCOLA DE TEATRO, Diálogos, Psicanálise, Teatro – Língua no Divã, Língua no Palco - SP ESCOLA DE TEATRO. Foi finalista na Competição de poesia do teatro Parlapatões.
Conquistou o primeiro lugar no Festival Jandyras de Atibaia, com performance musical multilinguística. Ganhadora dos Prêmios SENATRAN 2017, CET 2018 e 2019, nos quais fez a direção musical, compôs a trilha sonora, atuou e roteirizou os vídeos vencedores. Em 2024, está em circulação com o show Nua: Me vestindo de mim, do EP homônimo, se apresentando por diversos locais de São Paulo. Performou no Festival da Lua Cheia 2024, cantando músicas do novo trabalho, propondo reflexão sobre mulheres e suas ancestralidades através da apresentação, sarau e roda de conversa. Atualmente está em circulação com Nua - Me vestindo de mim, interpretando seu novo EP, homônimo ao show. Abordando o universo da mulher que é entrelaçada aos estereótipos, estigmas de uma sociedade repressora, silenciadora e limitante. E também está escrevendo seu primeiro livro, pesquisando sobre sua ancestralidade japonesa, indígena entre outras descendências.
Tieko Irii
Tieko Irii nasceu em 1965, é paulistana, graduada em cinema na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP). Viveu no Japão entre 1989 e 1991 onde se aprofundou na arquitetura e na cultura japonesa. No Brasil, construiu uma carreira como cenógrafa e diretora de arte no mercado audiovisual. Trabalhou em produtoras como a O2 filmes. Participou de centenas peças publicitárias e vários longas metragens como Os Matadores, O Menino Maluquinho 2, Castelo Rá-Tim-Bum e séries como Retrato Falado, do programa Fantástico da Rede Globo.
No início dos anos 2000, iniciou paralelamente o trabalho como escritora e ilustradora. Publicou os livros infantis: Tibi e seus mundos (Editora Globo, 2001); Tibi Quanta Gente (Editora Evoluir, 2004) e Tibi Volta as Estrelas (Editora Evoluir, 2016). A partir de 2012, a vida familiar e de artista visual se tornaram centrais. A tinta sumi, o nanquim, a aquarela são as ferramentas principais de um trabalho delicado, minucioso e lúdico.
Atualmente desenvolve um projeto literário de resgate das histórias familiares a partir da autobiografia de seu pai e de sua própria trajetória.
19h30 às 21h
Roda de leitura das Sendas de Oku
Comissão de Bashô
Dia 07 de Agosto
09h às 11h30 - Sala 13 da Casa de Cultura Japonesa (1º Andar)
Oficina de Sumiê
Profa. Susan Hirata
14h às 15h - Auditório da Casa de Cultura Japonesa (Térreo)
Palestra do Consulado Geral do Japão – Bolsa Mext
Este ano também teremos a honra de receber o consulado geral do Japão para a palestra sobre as diferentes bolsas oferecidas aos brasileiros pelo Ministério da Educação, Cultura, Esporte, Ciência e Tecnologia do governo japonês.
16h às 18h - Auditório da Casa de Cultura Japonesa (Térreo)
Concerto do Trio Kagurazaka
Shen Ribeiro; Tamie Kitahara e Gabriel Levy
19h30 às 21h - Sala 262 do Prédio Antônio Cândido (Letras - Primeiro Andar)
Oficina de Shôgi
Fábio Ledier e Gabriel Kodo
Dia 08 de Agosto
9h às 11h30 - Sala 13 e 14 da Casa de Cultura Japonesa (1º Andar)
Oficina de caligrafia
Profas. Ikuko Yamamoto e Ritsuko Nishitani
14h às 16h - Sala 13 da Casa de Cultura Japonesa (1º Andar)
Oficina de Kokedama
Profª Adriana Higa
16h às 18h - Sala 13 da Casa de Cultura Japonesa (1º Andar)
Oficina de Kokedama
Profª Adriana Higa
19h30 às 21h - Sala 262 do Prédio Antônio Cândido (Letras - Primeiro Andar)
Oficina de Shôgi
Fábio Ledier e Gabriel Kodo
Dia 09 de Agosto
10h às 12h - Auditório da Casa de Cultura Japonesa (Térreo)
Oficina de Koto
Grupo Miwa
O Grupo Miwa, em sua atual formação, é a terceira geração do Grupo de Estudos de Música Japonesa que foi fundado em 1939 pelo casal Miyoshi e liderado, de 1990 a 2023, pela professora Miriam Sumie Saito, sucessora de Miwa Miyoshi, a pioneira no ensino de koto no Brasil. O Grupo vem transmitindo, difundindo e inovando a música para koto nos mais variados encontros, feiras, festivais, congressos e oficinas. Desde 2008, o Grupo tornou-se filial da corrente Seigensha de Música para Koto, atualizando-se com as últimas criações do gênero no Japão. A partir de 2023 vem sendo presidido pelo professor assistente Hilton Cassiano e pela veterana Junko Ide.
As sessões de workshop serão ministradas por Karen Harada, Mie Ishii e Hilton Cassiano.
12h às 14h - Sala 13 e 14 da Casa de Cultura Japonesa (1º Andar)
Oficina de Ikebana
Profª Hilda Tasugawa, Giovana Venturelli, Valdenice Duarte e Elza Hayashi (Escola Sogetsu)
16h às 18h - Auditório da Casa de Cultura Japonesa (Térreo)
Oficina de Koto
Grupo Miwa
O Grupo Miwa, em sua atual formação, é a terceira geração do Grupo de Estudos de Música Japonesa que foi fundado em 1939 pelo casal Miyoshi e liderado, de 1990 a 2023, pela professora Miriam Sumie Saito, sucessora de Miwa Miyoshi, a pioneira no ensino de koto no Brasil. O Grupo vem transmitindo, difundindo e inovando a música para koto nos mais variados encontros, feiras, festivais, congressos e oficinas. Desde 2008, o Grupo tornou-se filial da corrente Seigensha de Música para Koto, atualizando-se com as últimas criações do gênero no Japão. A partir de 2023 vem sendo presidido pelo professor assistente Hilton Cassiano e pela veterana Junko Ide.
As sessões de workshop serão ministradas por Karen Harada, Mie Ishii e Hilton Cassiano.
Dia 10 de Agosto
09h
Oficina de Dança tradicional: Owara Kaze no Bon
Associação Toyama Kenjin do Brasil
11h
Cerimônia do Chá
Centro de Chado Urasenke do Brasil